segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Porcos (três tipos diferentes)



Sábado foi dia de uma suposta grande manifestação por todo o nosso Portugal mas convém dizer que foi praticamente um não acontecimento. Porquê? Porque não houve grande publicidade e nesse sentido as pessoas não sentindo aquele frenesim de algo grande e a que todos se querem associar, simplesmente ninguém se dá ao trabalho de por lá aparecer. Se ninguém faz nada e todos calam e consentem, nada impede os porcos de continuar a fazer o que lhes dá na real gana. Mas para um povo estar assim resignado, algo que só se alcança à custa de muito endoutrinamento, temos que felicitar os nossos porcos por feito tão revelador.

Grande homem, homem porco
Ha, ha, que embuste tu és
tu próspero poderoso
Ha, ha, que embuste tu és
E quando a tua mão está no teu coração
És quase uma boa risada
Quase um bobo
Com a tua cabeça no caixote dos porcos
dizendo “continuem buscando”
Manchas de porco no teu queixo gordo
O que esperas encontrar
Em baixo na mina dos porcos?
És quase uma anedota
És quase uma anedota
Mas és realmente uma lástima

Paragem de autocarro, mala de rato
Ha, ha, que embuste tu és
Sua bruxa velha toda fodida
ha, ha, que embuste tu és
Irradias raios frios de vidro partido
És quase uma boa piada
Quase merecedora de um sorriso forçado
Gostas do sentir do aço
És toda importante com um alfinete de chapéu
E divertida com uma pistola
És quase uma anedota
És quase uma anedota
Mas és mesmo uma lástima

Ei tu, Whitehouse
ha, ha, que embuste tu és
Sua fanática por limpezas, rata de cidade
ha, ha, que embuste tu és
tentando manter os nossos sentimentos fora das ruas
És quase um verdadeiro regalo
Lábios apertados e temerosa
E sentes-te abusada?
Tens que impedir que a vaga maléfica se espalhe
E mantê-la toda dentro
Mary és quase um regalo
Mary és quase um regalo
Mas és mesmo uma lástima

O primeiro tipo de porcos são os ricos, donos das grandes empresas, os grandes capitalistas. O Roger não especificou nenhum em concreto, até porque são muitos, mas cá no nosso burgo eu identificaria o Alexandre Soares dos Santos com os seus conselhos patrióticos hipócritas que vamos vendo quando se presta a aparecer-nos na televisão. Ha, ha, Santos, que embuste que tu és!

 Os políticos são o segundo tipo de porcos, que neste caso tem a cara de Margaret Thatcher e imaginem que ela na altura ainda nem sequer era a líder do governo britânico — apenas do Partido Conservador — mas mesmo assim já não enganava Waters. Cá para nós, não consigo pensar em melhor exemplo que o Paulo Portas — mas há muitos mais, como o Cavaco, Rebelo de Sousa, Nuno Melo, Durão Barroso etc — até pelas suas tendências “obscuras” de cabeleira postiça. Paulinho, ha, ha, que embuste que tu és!

O terceiro tipo de porcos são os moralistas que querem impedir que o rebanho se “descontrole” e perca os valores sagrados que nos foram legados por Deus e que em Inglaterra tinha como figura proeminente a muito badalada Mary Whitehouse. Em Portugal que melhor exemplo que o João César das Neves? ha, ha, que embuste que tu és, Neves!

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