quarta-feira, 3 de julho de 2013

Entretanto, 2 anos depois...



Entretanto, dois anos depois o Governo está ferido de morte. Depois da direita ter feito tudo, do mais execrável, à natural luta política e da esquerda também se ter aliado para, um dia, o mais breve possível, colher frutos, chegamos ao momento da verdade e da pergunta mais pertinente neste momento. Serviu de algo a queda do governo de Sócrates? Serviu. Serviu para empobrecer muito mais rapidamente os portugueses, além de piorar em todos os domínios a economia e finanças do estado português. E agora? Onde estão os responsáveis que provocaram esta tragédia? Bom, creio que o povo já pagou bem caro o facto de querer culpar o Sócrates nem que fosse elegendo o Diabo. O problema é que pensavam que estavam elegendo alguém decente e que os ia salvar, além de agirem apenas com o propósito de castigar imaginando que com esse acto tinham, de facto, um grande poder. Bastava as pessoas estarem minimamente informadas para saberem o que vinha aí. Infelizmente o povo está aí para ser manipulado. Deitando uma vista de olhos pelos programas de TV mais vistos pelos portugueses, percebe-se tudo.

Mas e agora? Vai o povo eleger o PS quando há 2 anos atrás lhe tinha um ódio de morte? Vai o povo acreditar no sonso do Portas, que nada faz que manipular de uma forma asquerosa os mais débeis da sociedade? Quero acreditar que o PSD não terá qualquer hipótese nas próximas eleições, autárquicas e legislativas. Se isto obedecesse a alguma lógica nem o PSD nem CDS nem o PS teriam qualquer hipótese nos próximos 20 anos. Mas e se o povo votar na esquerda, o que vai acontecer?

Como sempre foi mais do que óbvio, Portugal dependerá sempre do exterior e portanto tudo depende da política da União Europeia. Assim sendo, a nossa hipótese de mudança, para melhor — e também a única — é tentar influenciar as forças europeias para os interesses do povo português e isso obviamente só a esquerda (incluindo o PS) podem e mais que tudo querem fazê-lo neste momento. O PSD e CDS, como ouvimos, quiseram  ir além da Troika custasse o que custasse. E tem custado bastante a muita gente.

Mas a questão é: E se a direita, nos países europeus que realmente contam, continuar no poder e se se mantêm intransigentes na continuação desta política neo-liberal, que pode fazer a esquerda portuguesa?
Pois eu acredito que nada e a tragédia pode vir a ser ainda pior. Portugal não tem qualquer peso para assustar os pesos pesados europeus e numa posição débil não se consegue absolutamente nada.

O problema dos portugueses é a própria existência de Portugal que apenas pode existir através de duas coisas muito simples: solidariedade dos europeus ou através da escravidão do seu povo.